Seguro-desemprego pode não mais existir...
A alguns anos o governo federal , juntamente com o Ministério do Trabalho está utilizando um novo mecanismo de concessão do seguro-desemprego . O novo sistema funciona da seguinte maneira: no momento em que o trabalhador, que foi demitido sem justa-causa, vai dar entrada no seguro-desemprego , seus dados no SINE(Sistema Nacional de Emprego) são cruzados com o portal "Mais Emprego", banco de vagas de emprego do governo. Se existir uma vaga que se encaixe no perfil do trabalhador, o mesmo é encaminhado , e , se aprovado no processo seletivo ele não pode utilizar o seguro-desemprego. A vaga tem que ser singular a anterior , e o salário tem que ser igual ou maior que o último resgistrado em carteira.
Segundo o ministro do trabalho , Carlos Lupi, desde o início do programa houve uma redução de 10% na concessão do benefício , e , ele espera até 2019 ter esse índice aumentado para 25%.
Se o trabalhador se negar a aceitar as vagas do programa por 3 vezes , ele perde o direito ao benefício.
O seguro-desemprego é um direito assegurado pela constituição federal , e os recursos são advindos do FAT(Fundo de Amparo ao Trabalhador). Com o novo programa , futuramente o benefício pode não existir mais . Numa primeira análise , o programa pode ser interessante , principalmente no atual patamar da economia , que favorece ao preenchimento de vagas ou a reecolocação do trabalhador desempregado.
Entretanto , numa futura crise , que pode acontecer , o programa não irá ser tão vantajoso , pois as vagas oferecidas pelo "Mais Emprego" podem ser muito disputadas , sendo assim , o trabalhador pode ficar um longo período desempregado . O governo também tem propostas para programas de cursos para reecolocação do trabalhador.
Se os recursos do seguro-desemprego não vão ser utilizados pelos trabalhadores , você pode ter certeza que não vão ser usados para o desempregado. Provavelmente , custeará programas de interesses do governo federal ,não do trabalhador.
Por isso , trabalhador , cuidado ! Fique atento a essas novas mudanças para que elas não prejudiquem seu futuro direito ao seguro-desemprego.
C.O.A